sábado, 21 de fevereiro de 2015

ANTONIO SILVINO VISITA A POVOAÇÃO DE BARRIGUDA

23/12/1904 – Criada a primeira feira livre na povoação de Barriguda, atual cidade de Alexandria
15/03/1905 – Veja bem como os alexandrienses sempre tiveram a tendência para a famigerador violência, a prova disso está numa correspondência de um comerciante viajante enviado para o Jornal o Mossoroense, imprenso na cidade de Mossoró, datada de 15 de março de 1905. Eis o conteúdo dessa correspondência;
SECÇÃO LIVRE
BARRIGUDA
É a povoação de Barriguda, no município de Martins, um dos pontos comerciais do Sertão do Estado.
      Demora a margem direita do riacho que lhe dá o nome, cujas águas permanentes são das melhores que há no sertão.
     É atravessada por uma estrada comercial que faz trânsito de uma parte do sertão do Rio do Peixe-Estado da Paraíba, para o porto de Mossoró, e tem, além disso, populosos arredores.
    Se, por felicidade das barrigudenses, desaparecem  certos abusos que se praticam ali, se quais tive ocasião de presenciar num dos dias de feira que assisti na Barriguda, o seu comércio criado a pouco tempo. Em dezembro do ano atrasado, poderá ser, mais tarde, um dos melhores comércio do sertão do Rio Grande do Norte.
      Distante oito léguas da cidade de Martins, nove de Pau dos Ferros, onde de Luís Gomes, oito do Catolé do Rocha e das da cidade de Sousa, Estado da PARAÍBA, É Barriguda o ponto médio Comercial para e qual converge gente de todos esses lugares.
     Dentre de abusos que se praticam presencie os seguintes: Um povo, em quase sua totalidade, armado de faca e ounães, com rara exerção apenas; o jogo de parada por quase todos os contos da rua, mesmo na latada da feira. A danificar o comercio ; a má localização da feira em local péssimo, impróprio para as estações invernosas – portanto muito prejudicial a saúde; a arrecadação, sem forma, dos impostos pelo Coletor e o tal procurador da intendência, que recebiam do contribuinte a quantia importa entregando ao mesmo um pelucho manuscrito, muito mal feito, quando deviam dar ao pagador os talões impressos das respectivas recebedorias.
    Devido a essas outras irregularidades que se dão ali, muitos homens que trabalham para o aumento e prosperidade do lugar, em cujo empenho se esforçaram, na convicção de que se tratava de coisa séria, vão deixar a concorrência da Barriguda, e, segundo informou-se e distinto cidadão conhecedor de todos passados  dalí, já vão diminuindo muito as feiras.
    Ora, pois, são costumem contrários, a rasão, que por toda parte se vê, o principal motivo de tantas desordens que há no mundo, coja confusão bem por fim o regresso geral das coisas.
    Por minha vez, porque gosto do comércio, por cujo motivo simpatizei a Barriguda, sinto profundamente se o tal lugarejo voltar para o calçado velo.
     15 de março de 1905 – Um passageiro


22/05/1912 – A Povoação de Barriguda foi visitada pelo celebre bandoleiro ANTONIO SILVINO, que não comete nenhuma depredação.
         A permanência do audacioso bandido, que se fazia acompanhar de dez homens, bem armados e municiados, foi rápida. Ficaram na comunidade apenas o tempo necessário para almoçar na hospedaria local. O Bando procedia de JERICÓ, no serão paraibano, e à tarde voltou para o aludido Estado, através do município de Sousa. Apesar do aparato bélico e agressivo que apresentava o grupo, nenhum ato de violência foi praticado em Alexandria, nenhum crime cometido nenhum roubo efetuado.
     Nessa época a localidade de Barriguda não dispunha de e nenhuma força ou destacamento policial que oferecesse qualquer resistência, o que não necessitou, face a maneira como se portaram os assaltantes. ANTONIO SILVINO não costumava usar violência, senão contra os que o perseguiam. Iguais aos assaltantes  de hoje.
17/09/1912 – É criada a Sub-delegacia de Polícia da Vila de Alexandria, que teve como primeiro subdelegado, o tenente ALTAMIRO DA FONSECA BRAGA, que a principio trabalhava somente com um policial militar, o soldado ANTONIO LAURENTINO DA SILVA, natural de Nova Cruz-RN, mais tarde pai do coronel Geraldo Laurentino da Silva e do sargento FRANCISCO LAURENTINO DA SILVA.

12/11/1913 – a Intendência Municipal de Martins, mudou o nome de barriguda para Alexandria, numa demonstração de homenagem a Dona Alexandrina Barreto Chaves, nascida na povoação e esposa do senador Ferreira Chaves, eleito governador do Estado pela segunda vez.
FOTO EXTRAÍDA DO BLOG LAMPIÃO ACESO

PRIMEIROS FATOS E DATAS DE ALEXANDRIA

19/04/1859 – O povoado de Barriguda conquista a condição de Distrito de Paz. Através da Lei Provincial nº 442, de 19 de abril de 1859, sancionado pelo então Presidemte da Província, ANTONIO M. NUNES GONÇALVES (18/07/1858 – 14/10/1859)
06/03/1860 – A Lei Provincial nº 464, de 6 de março de 18610, sancionada pelo então presidenete da Provícia do Rio Grande do Norte, JOÃO JOSÉ DE OLIVEIRA aanula a criação do Distrito de Paz de Barriguda, município de Martins
18/04/1882 – O flamigerado bandido, conhecido pela alcunha de RIO PRETO, o terror dos sertões paraibanos, adentrou na povoação de Barriguda, atual cidade de Alexandria, pondo em sobressalto os habitantes dessa comunidader e os municípios fronteiriços, que se aparesentarem para resisitir. EM Pau dos Ferros, o Juiz Municipal, Dr. Ferreira Chaves, esteve a frente da resistência ofericida pela população alexasndriense
11//08/1873 – O Distritp de Paz de Barriguda, no município de Martins, foi restaurado através da Lei Provincial nº  nº 684, ded 11 de agosto de 1873, sancionada pelo então presidente da Província JOÃO CAPISTRANO BANDEIRA DE MELO FILHI, o qual havia sido suprimido pela Lei nº 464, de 6 de março de 1960
06/10/1892 – O Intendente Municipal de Martins. Coronel Genuino Fernandes de Queiroz (04/10/1892 – 02/03/1908) dividiu o mterritório municipal de Martins em dois distritos fiscais; o primeiro compreendendo o antigo Distrito de Pas da cidade e o segundo o da Barriguda, atual cidade  de Alexandria, distrito de Paz, desde 1859

10/11/1882 – O Intendente Municipal de Martins-RN, instala no Distrito de Paz de Barriguda, o Distritp Fiscal, que teve como primeiro fiscal o senhor DOMINGOS VELHOS BARRETO, o qual era responsável pela cobrança de impostos dos comerciantes locais, exceto os dêles, referente a seu engenho de cana de açúcar

Quem sou eu

Minha foto
CONHEÇO O MUNICÍPIO DE ALEXANDRIA IGUALZINHO AS PALMAS DE MINHAS MÃOS, TENDO EM VISTA QUE RESIDI NESSA URBE POR UM PERÍODO DE 4 ANOS, ALÉM DE TER PESQUISADO A HISTÓRIA DA COMUNIDADE, A QUAL PRETENDO DESTACAR NESTE ENDEREÇO VIRTUAL